segunda-feira, 19 de maio de 2008

Governo colombiano comemora entrega de 'Karina'

Uma das chefes das Farc se entregou e ministrou fala em golpe fundamental.Segundo militar, Karina se sentia muito pressionada e passava fome.
Do G1, com agências


A entrega da guerrilheira conhecida como "Karina" é um golpe fundamental contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Tudo porque ela comandava a frente 47, um dos mais ativos e violentos, disse nesta segunda-feira (19) o ministro do Interior e de Justiça colombiano, Carlos Holguín.
O funcionário explicou a jornalistas que segundo informações que tem, Nelly Ávila Moreno, conhecida como "Karina", também ofereceu a entrega de outros membros da frente 47 das Farc.
O ministro Holguín reiterou que a entrega de Karina, que perdeu um olho em um confronto anterior com o Exército, "é um golpe fundamental (contra as Farc), porque esse era uma das frentes mais ativas e mais violentas".

O comandante da 4ª Brigada do Exército, general Pablo Rodríguez, disse a jornalistas que Karina se entregou porque se sentia muito pressionada, passava fome e estava desmotivada e cansada da guerra. Acrescentou que a guerrilheira foi recolhida, por helicópteros, em uma paragem do departamento (estado) de Antioquia.
Segundo a página eletrônica do jornal "El Tiempo", de Bogotá, Karina assassinou Alberto Uribe Sierra, pai do presidente colombiano, que foi seqüestrado pelas Farc em 1983.

Acordo
Nelly Ávila Moreno, de 45 anos, também conhecida como "Janet Mosquera Rentería" ou "Rocío Arias", começou a militar nas Farc há mais de 20 anos. Há duas semanas, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, lhe enviou uma mensagem garantindo sua segurança quando se entregasse. Em março passado, Pedro Pablo Montoya, conhecido como "Rojas", que estava sob o comando de Karina, matou o chefe guerrilheiro Ivan Ríos, se entregando às autoridades com um dos braços de sua vítima. Karina é acusada de comandar a frente 47 das Farc e de numerosos ataques contra membros do Exército e da Polícia da Colômbia. Entre os mais sangrentos está o perpetrado no departamento (estado) de Chocó, em dezembro de 2005, onde, junto com homens do Exército de Libertação Nacional (ELN) e do Exército Revolucionário Guevarista, matou 8 policiais e seqüestrou 30. Sobre ela pesam seis ordens de captura, quatro em Bogotá, uma em Medellín e outra em Cali, por homicídio, terrorismo, rebelião, seqüestro extorsivo e dano a bem alheio. Em junho de 2002 dirigiu uma incursão em Arboleda-Pensilvania, no centro da Colômbia, onde foram mortos 13 policiais e quatro civis, entre eles uma mulher, que foi queimada por ser esposa de um dos militares.

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