Cientistas descobrem marcador genético ligado ao câncer de ovário
Cientistas americanos identificaram, em células dos vasos sangüíneos, um marcador associado ao crescimento de tumores no ovário. De acordo com os especialistas da Universidade da Pensilvânia, a descoberta pode levar a uma potencial forma de diagnóstico precoce da doença, permitindo que o tratamento seja mais eficaz.
O câncer de ovário é o câncer ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e o que mais mata no Brasil. Dados do Instituto Nacional de Câncer indicam que três quartos dos tumores malignos de ovário apresentam-se em estágio avançado no momento do diagnóstico, sendo mais difíceis de serem tratados.
Nos testes em laboratório, os pesquisadores observaram que todas as 52 amostras de câncer de ovário examinadas apresentavam o marcador genético TEM1 na vasculatura, enquanto nenhuma das amostras saudáveis teve testes positivos para a presença do marcador. Com isso, eles concluíram que esse pode ser um marcador específico do câncer de ovário, que poderia dar origem a um teste de triagem da doença.
Além disso, em testes com ratos, os cientistas usaram um tipo de tomografia para identificar células que expressam o TEM1. E, segundo os pesquisadores, a expressão desse marcador genético pelo tumor está associada a um pior prognóstico da doença e à redução da sobrevivência dos pacientes.
Os cientistas estão pesquisando, agora, formas de direcionar as descobertas para o diagnóstico da doença e para a normalização da vasculatura em volta do tumor, bloqueando o suprimento de sangue necessário para o crescimento do câncer.
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